Refluxo gastroesofágico – a minha história
Tive refluxo pela primeira vez quando eu tinha 15 dias de vida e meus dois pulmões quase encheram de leite, fiquei internada por duas semanas mas sai super bem dessa.
O segundo episódio foi aos 18 anos, numa das mudanças mais impactantes emocionalmente na minha vida, quando fui morar sozinha numa nova cidade para cursar a Universidade de Jornalismo.
Aos 18 anos meu emocional estava fragilizado e minha alimentação era ruim, eu não tinha noção do que era ou não saudável e do quanto a comida estava influenciando no meu bem-estar físico, mental e emocional e na qualidade da relação que eu nutria com as pessoa e comigo.
As doenças originam-se do desequilíbrio de dois principais pontos: da saúde física e da saúde mental e emocional.
Ambas podem nos desestabilizar, baixar nossa imunidade e abrir espaço para as doenças.
Na época eu acreditava que a comida impactava a saúde de uma pessoa em basicamente um único aspecto: engordar. E como sempre fui magra achava que podia comer qualquer coisa.
Me consultei com um dos médicos mais renomados na área e ele não disse NADA sobre mudar hábitos alimentares, apenas me receitou remédio e conversou sobre a possibilidade de fazermos cirurgia.
Sem nenhum conhecimento na área mas com uma intuição super afiada fui pesquisar e estudar por conta própria e tive a sorte de encontrar outro medico muito mais consciente e coerente o qual me confirmou que a alimentação tinha total impacto na piora do refluxo. Entretanto ele me disse que refluxo não tinha cura e que para sempre eu precisaria tomar as medicações para tratar essa doença.
Me foi receitado tomar em torno de seis cápsulas de medicamentos por dia e cuidar com os alimentos que eu ingeria, eliminado ou reduzindo carnes, comidas gordurosas, ultraprocessados, refrigerantes, café, fast-foods e adicionando vegetais, frutas, verduras e o máximo de alimentos frescos possíveis.
Esse conhecimento ainda tão superficial, foi um divisor de águas na minha vida. A partir dai comecei a dar atenção ao que eu comia e passei a perceber como minhas escolhas alimentares estavam afetando minha saúde física.
Depois de 6 meses usando as medicações, decidi parar por conta própria. Eu não me sentia bem tomando aquela quantidade de medicamentos e, mesmo sem ter nenhum conhecimento sobre nutrição e a influência dela na saúde e bem-estar, eu tinha convicção que a medicação não era o melhor caminho. Minha intuição e minha razão me diziam que se a questão principal era os hábitos alimentares, então porque tomar todos aqueles remédios?
Constatei que nenhum medicamento seria capaz de reparar por inteiro os maus hábitos cultivados por mim e concluí que se eu começasse a cultivar hábitos alimentares saudáveis, o refluxo iria curar. Meu médico respondeu que não existia cura para o refluxo e eu reafirmei:
mas eu vou me curar!
Meses depois, livre dos medicamentos e com algumas poucas mudanças alimentares, eu estava sem nenhum sintoma de refluxo.
Minha alimentação ainda não era saudável como é hoje, mas já havia evoluído bastante. Ter tido o refluxo foi um impulso inicial, um despertar, para eu começar a transformar minha vida de tal maneira a qual eu nunca havia imaginado que faria, uma mudança que impactou todas as áreas da minha vida: pessoal, profissional, social, mental, emocional e espiritual.
Como eu disse essa doença foi um divisor de águas na minha vida, uma oportunidade de despertar a qual eu soube aproveitar para minha transformação, minha evolução, crescimento e bem-estar.
E você, teve alguma doença ou desequilíbrio que te fez fazer uma mudança de vida? Me conta nos comentários.
Com carinho,
Bárbara Gazola